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O déficit habitacional é um indicador que representa as famílias que vivem em condições de moradia precárias ou até mesmo sem nenhum tipo de habitação. Esse número está associado a uma região específica, podendo ser calculado para um bairro, cidade, estado ou país. Por exemplo, se considerado para Belo Horizonte, o déficit habitacional pode diferir em Contagem e ser avaliado em níveis mais amplos, como em Minas Gerais ou no país como um todo.

O cálculo do déficit habitacional revela a necessidade de construir novas moradias nas áreas onde esse índice é considerado crítico, indicando que a maioria das famílias naquela região vive em condições abaixo do ideal.

Antes de compreender como o déficit habitacional é calculado, é fundamental entender os critérios que tornam uma moradia inadequada. Geralmente, esses critérios estão relacionados ao risco da habitação, ou seja, elementos que indicam a necessidade de construção em outro local. Por exemplo:

- Materiais inadequados: se a moradia é construída com materiais não duráveis, perigosos ou improvisados.

- Superlotação: também é considerado se há um número excessivo de pessoas vivendo em um espaço pequeno que não foi projetado para acomodar essa quantidade.

É crucial notar, no entanto, que os critérios para o déficit habitacional não se referem à qualidade de vida das pessoas, como acesso a redes telefônicas, sistemas de esgoto, coleta de lixo, entre outros. A questão está estritamente ligada às condições físicas das construções.

O cálculo do déficit habitacional de uma região específica e seus quatro componentes são fundamentais para entender a situação da moradia nessa área.

Como é calculado o déficit habitacional?

O déficit habitacional é calculado a partir de quatro componentes que, quando somados, indicam a necessidade de construção de novas habitações em determinadas regiões, podendo orientar investimentos do setor imobiliário.

1. Habitações precárias: Este componente avalia a precariedade das moradias, relacionada aos materiais utilizados na construção, que podem ser improvisados ou perigosos. Por exemplo, uma casa sem paredes de alvenaria pode se tornar um ambiente insalubre.

2. Coabitação familiar: Refere-se a residências onde duas ou mais famílias vivem num espaço projetado para apenas uma. Isso impacta diretamente na privacidade e liberdade dessas famílias, sendo um fator relevante para o déficit habitacional.

3. Aluguel com valores excessivos: Considera famílias urbanas com renda de até 3 salários mínimos que gastam 30% ou mais da renda com o aluguel do imóvel.

4. Adensamento: Relaciona-se à quantidade excessiva de moradores em imóveis alugados, onde o número de moradores por dormitório é de 3 ou mais.

A soma desses quatro fatores determina o cálculo do déficit habitacional de uma região. Assim, essas informações podem indicar claramente as áreas que mais necessitam de investimento do setor imobiliário e políticas públicas voltadas para a habitação.

A realidade do Brasil quanto ao déficit habitacional

O déficit habitacional no Brasil é um dos problemas mais graves e persistentes do país. Devido à recessão e à falta de investimentos públicos, o setor imobiliário enfrenta obstáculos na construção de novas moradias em regiões carentes.

De acordo com pesquisas recentes do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o déficit habitacional continua crescendo no país, com milhões de moradias consideradas inadequadas, levando em consideração os quatro componentes para o cálculo do índice.

Embora em algumas regiões esse índice seja mais alarmante do que em outras, a realidade das moradias no país ainda está longe do ideal para toda a população.

Combatendo o déficit habitacional

Se o déficit habitacional persiste e as políticas públicas não são suficientes para resolver o problema, talvez seja necessário considerar novas formas de enfrentá-lo.

ONGs, projetos de universidades e até mesmo o setor privado estão buscando formas inovadoras de combater o déficit habitacional e gerar impacto social imediato com suas ações.

O setor privado pode impactar positivamente o déficit habitacional por meio de investimentos na economia real, principalmente através de investimentos coletivos. Investidores estão cada vez mais interessados em aplicações que gerem retornos tangíveis na sociedade, e o setor imobiliário é um dos mais beneficiados por essas ações.

Investimentos em construção de prédios habitacionais, além de proporcionar retorno financeiro aos investidores e empresas, têm um impacto social duradouro. Desde a criação de empregos durante a construção até a oferta de novas moradias em locais carentes, esses investimentos proporcionam um impacto positivo.

Assim, o cálculo do déficit habitacional é uma ferramenta crucial para identificar as áreas que necessitam de intervenções e para implementar ações que tenham impactos sociais positivos. Embora o Brasil ainda enfrente desafios significativos nesse aspecto, iniciativas inovadoras estão trabalhando para melhorar as condições precárias de moradia.

Compreender e calcular o déficit habitacional

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